O post de hoje será GIGA e bem diferente do que costuma ser publicado por aqui. Não sei se alguém vai ler tudo, mas vou publicar de qualquer jeito, pois tenho certeza de que muitas (e muitos) podem se identificar. Vou contar aqui um pouquinho sobre como e porquê eu terminei uma faculdade de Direito para finalmente tentar seguir carreira na Moda. Faz sentido pra vocês? pois é, também não fazia pra mim...

Quando considerei fazer algum curso na área de moda, considerei fazê-lo por hobby, embora amasse Moda, para mim, trabalhar na área nunca passou de sonho, ainda mais, considerando as possibilidades remotas da cidade onde moro. E o que eu poderia fazer? Jogar no lixo 4 anos de um curso, que, embora eu não adorasse, tinha me dedicado durante muito tempo? Pois bem, não foi isso que eu fiz (e logo mais, descobri que foi uma decisão acertada, afinal de contas, convenhamos que um diplominha de curso superior nunca faz mal). Concluí meu curso e tomei a difícil decisão de... simplesmente não fazer nada daquilo. Lá estava eu, com um diploma nas mãos e COMPLETAMENTE perdida. De que aquilo tudo ia me servir? Pendurar na parede? Foi então que, com o apoio de algumas pessoas, me dispus a começar tuuuudo de novo, e, vou te contar: quando você toma uma decisão dessas, além de coragem, é necessário ter um saco bem grande e vazio, que ao final estará MUITO cheio com a encheção alheia e colocações como: "mas passou 5 anos na faculdade pra fazer outra coisa totalmente diferente?" pois bem, meu querido gênio, foi exatamente isso que eu fiz. E quer saber? não me arrependo.
Criei um blog, me propus a escrever, fotografar, fazer qualquer coisa relacionada à moda, porque isso tudo me dava um prazer enorme. Mas se você acha que a partir de então, tudo fluiu e foi assim, uma coisa linda, tá completamente enganado. É claro que ouvi MUITOS "nãos", eventualmente, passei por situações péssimas envolvendo pessoas nem um pouco profissionais que cruzaram meu caminho, ou eu que cruzei o delas, whatever. Passei dias chorando por trabalhos que não deram certo, tive medo de estar no caminho errado mais uma vez, além, é claro, de outros fatores que também não vou explanar, mas que como devem imaginar, envolvem $$ (ou a falta dele), mas ok, eu tô só começando. Agora, me perguntem se eu abro mão dessas dificuldades todas por um dia sequer, sentada num escritório, cercada de pessoas que, para mim, são estranhas, tratando de assuntos igualmente estranhos. A resposta, vocês provavelmente devem imaginar, é um sonoro N-Ã-O.
Eu continuo aqui, determinada a fazer o que amo e acreditando que uma hora ou outra as coisas vão melhorar, ou que, no mínimo, eu mudo de cidade, mas decididamente, não de profissão, e se um dia, de repente, eu decidir mudar mais uma vez, será para fazer algo que me estimule e que me dê prazer, tanto quanto a Moda me dá hoje. Provavelmente, darei a cara à tapa mais uma vez, mas por mais insegura que eu seja, insisto em fazer somente aquilo que, realmente, faça sentido pra mim e que eu AME (assim, em caixa alta, mesmo), afinal de contas, amor é cego, doido, burro, surdo, e, ainda por cima, vicia.
Por Ana Carolina.
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